Passo a passo para subir o Redis no Docker
O Redis é um banco de dados em memória muito utilizado como cache, broker de mensagens e até mesmo como armazenamento de dados. A velocidade e a versatilidade do Redis tornaram-no uma tecnologia bastante popular em aplicações de alta performance. Neste guia, você aprenderá como subir o Redis em um container Docker de forma rápida e fácil, inclusive garantindo persistência de dados.
1. Pré-requisitos
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Docker instalado: Certifique-se de ter o Docker instalado em sua máquina. Para verificar, execute:
docker --version
Se você ainda não tem o Docker instalado, você pode seguir as instruções oficiais de instalação para a sua plataforma: https://docs.docker.com/engine/install/.
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Acesso ao Docker Hub: É necessário ter acesso à internet para baixar a imagem oficial do Redis.
2. Baixando a imagem oficial do Redis
O primeiro passo é obter a imagem oficial do Redis no Docker Hub. Para isso, execute:
docker pull redis
Esse comando baixa a versão mais recente estável do Redis disponibilizada pela equipe oficial no Docker Hub.
Se você quiser uma versão específica, basta adicionar :versao
ao final. Exemplo:
docker pull redis:6.2
3. Criando um container do Redis
Para criar e iniciar um container do Redis, usamos o comando docker run
. Segue um exemplo básico:
docker run -d \ --name meu-redis \ -p 6379:6379 \ redis
-
-d
: Executa o container em segundo plano (modo detached). -
--name
: Dá um nome personalizado para o container (neste caso, “meu-redis”). -
-p 6379:6379
: Faz o mapeamento de portas, expondo o Redis na porta 6379 local. -
redis
: É a imagem oficial que baixamos.
Com isso, o container subirá e você já terá o Redis rodando na porta 6379.
4. Configurando a persistência de dados
Por padrão, o Redis grava dados em memória, mas também pode salvá-los em disco (AOF ou RDB snapshots). Para evitar perda de dados ao reiniciar o container, precisamos mapear um volume local. Podemos fazer isso adicionando a opção -v
:
docker run -d \ --name meu-redis \ -p 6379:6379 \ -v /caminho/local/para/dados:/data \ redis
-
-v /caminho/local/para/dados:/data
: Mapeia o diretório local (/caminho/local/para/dados
) para o diretório/data
dentro do container. É ali que o Redis armazena seus dados (por exemplo, se oappendonly
estiver ativado).
EXEMPLO DE CAMINHO LOCAL EM WINDOWS:
C:\Users\SeuUsuario\redis-data
EXEMPLO DE CAMINHO LOCAL EM LINUX OU MACOS:
/home/seuusuario/redis-data
5. Verificando se o container está em execução
Para verificar se o container está rodando:
docker ps
Você deverá ver algo como:
CONTAINER ID IMAGE COMMAND CREATED STATUS PORTS NAMES abcdef123456 redis "docker-entrypoint.s…" 2 seconds ago Up 2 seconds 0.0.0.0:6379->6379/tcp meu-redis
6. Conectando no Redis
6.1. Usando o CLI do Redis dentro do container
docker exec -it meu-redis redis-cli
Após executar esse comando, você estará no prompt do CLI do Redis, podendo rodar comandos como:
Comando:
PING
Resultado:
PONG
Comando:
SET blogName "Gaspar Barancelli"
Resultado:
OK
Comando:
GET meuKey
Resultado:
"Gaspar Barancelli"
6.2. Usando um cliente externo
Se você tiver o redis-cli
instalado localmente ou alguma ferramenta GUI (por exemplo, RedisInsight), basta conectar-se a localhost
na porta 6379:
redis-cli -h localhost -p 6379
7. Parando e removendo o container
Para parar o container:
docker stop meu-redis
Para removê-lo completamente:
docker rm meu-redis
Se você não estiver usando volumes mapeados, os dados armazenados somente em memória ou em disco dentro do container serão perdidos após a remoção do container.
8. Exemplo com Docker Compose (Opcional)
Se você prefere definir tudo em um arquivo docker-compose.yml
, segue um exemplo:
version: '3.8' services: redis: image: redis container_name: meu-redis ports: - "6379:6379" volumes: - ./data:/data
Depois, basta executar:
docker-compose up -d
Esse arquivo cria um serviço chamado redis
, mapeia a porta 6379 local e cria um volume na pasta ./data
.
Conclusão
Usar o Redis em contêineres Docker é uma forma rápida e simples de criar ambientes isolados para testes, desenvolvimento ou mesmo produção. Neste tutorial, você:
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Baixou a imagem oficial do Redis.
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Rodou um container mapeando portas e volumes para persistência de dados.
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Testou o acesso com o
redis-cli
internamente ou externamente.
Agora é só aproveitar a velocidade e praticidade do Redis para turbinar suas aplicações!